segunda-feira, dezembro 19, 2005

Dúvidas

Será que a verdadeira felicidade existe ou é apenas mais uma quimera, mais um sonho utópico de minha mente ensandecida?
Deverei contentar-me com o destino que me fora designado ou deverei forjá-lo a ferro e fogo, moldando-o conforme eu almeje?
Deverei aguardar até que chegue a minha hora de ser feliz ou deverei lutar, pelejar para construir este momento agora?
Deverei esperar, pacientemente, que a felicidade venha bater à minha porta ou deverei sair em demanda dela?
Deverei viver o presente sem futuro no amanhã ou deverei viver o amanhã sem esperança no presente?
Conseguirei, algum dia, encontrar a felicidade simples e inocente como outrora?
Conseguirei, algum dia, obter êxito nesta minha jornada insana ou serei mais um fracassado como tantos outros seres fúteis?
Tornar-me-ei ou tornei-me mais um ser frívolo, sem valia alguma, apenas tolerado e fadado ao esquecimento?
Tantas dúvidas, tantas variáveis, já não sei mais o que fazer.
Talvez a solução para tudo isto, como disse um velho poeta, seja morrer.

domingo, dezembro 18, 2005

O que sobrou

Fim de ano chegando
Coração se despedaçando
Saudade aperta
Tento seguir minha meta
Difícil suportar
A todo momento sinto que vou pirar
Ensandecido, desvairado
Vou sumir para não ser mais encontrado
Escondido, esquecido e isolado
Talvez a razão retorne
Talvez eu até melhore
Agora minha mente voa
Dentro dela um som ecoa
Reconheço tão logo percebo
É o som do meu próprio pranto
Sem fé, sem amor, sem esperança...
Nada mais me resta
Senão as lembranças

sexta-feira, dezembro 16, 2005

Outra vista


Lá do alto tudo é lindo,
Tão belo
Uma calmaria que reina sem fim
Mas lá embaixo sonhos são castelos
E não há flores no jardim,
Somente no cemitério
Vidas mágicas, mortes trágicas
Pessoas aos prantos,
Choram a dor da perda irreparável
De alguém que não voltará a sorrir,
Que não voltará a sonhar
Mas jamais deixará de existir
No pensamento, na lembrança
Eternamente acessa a chama da vingança

segunda-feira, dezembro 12, 2005

Amigos

Amo todos os meus amigos
Dos mais antigos aos mais recentes,
Todos têm a mesma importância
Eles me emocionam, me surpreendem, me fazem rir, chorar...
Conseguem me aturar, me ouvem desabafar
Riem das minhas piadas sem graça,
E me reerguem depois da desgraça
Fazem a pior balada se tornar uma noite inesquecível
A maioria está tão longe, mas às vezes não parece...
Por que posso senti-los aqui ao meu lado,
Ouvir suas vozes e suas risadas
Nessas horas os olhos se enchem d'água
Passo em claro as madrugadas,
Imaginando-me junto a eles, assim como fora outrora
Agora o tempo voa e muita coisa muda
Amizades adormecidas, jamais esquecidas
Elos enfraquecidos, jamais partidos
Amigos perdidos...
Uns para o mundo, outro para sempre...
Mas o mundo continua a girar
E a cada giro novos amigos vão chegando
Seu lugar vão conquistando
E eu por eles me apaixonando
Amo todos os meus amigos, amo todos os meus amigos